Você deita em sua cama em silêncio. A janela está aberta e uma leve brisa corre através dela. Você olha para o teto, vendo o tempo passar. Por que é tão difícil dormir? você se pergunta enquanto bate o calcanhar impacientemente, esperando que o sono enfim chegue até você. Você sente que não dormiu há anos, havendo passado quase 3 dias desde que você conseguiu algum fechar de olhos. Deitado ali os seus sentidos se aguçam, conseguindo escutar um farfalhar tranquilo e o pio ocasional da coruja. Seus olhos se ajustam rapidamente para observar por entre o escuro, permitindo que você veja todos os detalhes do quarto em torno de você. De repente, você ouve um estalo. Pensando que é apenas o seu cão estúpido caminhando no meio da noite, você empurra a cabeça para debaixo de seu travesseiro.
Outro estalo, seguido por um rangido mais alto. Você salta, levantando-se e pegando a arma que está na sua mesa de cabeceira. "Quem está aí!?" Você grita, apontando o seu revolver descontroladamente. Há algo do lado de fora da janela. Ele entra. Seu rosto é branco, suas sobrancelhas são negras e chamuscadas, e seu sorriso é um vermelho sangrento. Seu cabelo é longo, preto e emaranhado.
Ele usa um capuz untado com uma substância negra, provavelmente sangue. Ele avança até você, abordando-o e te forçando na cama, murmurando 2 palavras em seu ouvido: "Vá dormir". Você olha para os olhos da coisa e a empurra, recuperando o controle e olhando para ela. "Quem diabos você pensa que é pra invadir o meu quarto desse jeito?!" A coisa olha fixamente para você em choque. "Espera, o quê?" Você olha para ele com raiva em resposta. "E por que diabos você me mandou ir dormir?! Eu estava quase dormindo, quase, mas NÃAO, você tinha aparecer aqui e estragar tudo!"
Ele começa a caminhar para a janela. "Eu... eu vou... eu vou ir embora, ok? Hehe..." Ele mergulha para fora da janela, correndo para a escuridão da noite. Você recoloca a arma de volta em sua mesa e deita-se na cama, suspirando e falando em voz alta. "Meu Deus, essas pessoas de hoje em dia..."
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
SORRINDO
Nas paredes haviam retratos dos membros de sua família que assistiam e induziam indiretamente Evita a não causar nenhum problema enquanto ela estava sozinha em casa. O mesmo sorriso assumia cada um de seus rostos - largos, forçados, com os dentes a amostra - não exagerados, mas fabricados.
Os três amigos estavam sentados no chão, cercados por cinco velas acesas e com as mãos descansando acima de um ponteiro de uma Tábua Ouija. Ele se moveu como num bombardeio para a esquerda, desacelerou em uma parada e apontou para a letra "E". "DANE-S... E?". Evita olhou para Daisuke, que escondia um sorriso e mantinha os olhos para baixo. Claire olhou ao redor da sala escura. "Dane-se? Danem-se vocês, caras", disse Evita. Evita muitas vezes jogou dados e consultou cartas de tarô para tomar decisões importantes. E hoje à noite, enquanto seus pais estavam fora, ela chamou seus amigos para invocar um espírito para aconselhá-la sobre uma questão da faculdade. "Não fui eu", disse Daisuke. Ele se levantou do chão e estendeu sua mão em direção ao teto, lançando seu sorriso bobo para ela em seguida. "Certo", disse Claire. "Então eu acho que foi o fantasma, né? Porque não fui eu".
Os três amigos trocaram olhares rápidos, e em seguida, caíram na gargalhada. "Que seja", disse Evita. "Danem-se todos vocês. Vocês sabem que eu levo essas coisas a sério." As chamas das velas ao redor piscaram. "De qualquer forma", disse Evita. "Vocês têm que sair daqui, agora. Meus pais vão voltar daqui a pouco. Eles iriam pirar se vissem isso." Eles se levantaram e se dirigiram até a porta. Evita abriu e sorriu enquanto eles passavam. "Boa noite, idiotas", ela exclamou, fechando a porta.
Evita ligou a luz e se virou, tornando-se consciente do autoritário silêncio do quarto. Enquanto caminhava em direção às velas e a tábua Ouija, sentiu como se alguém estivesse olhando para ela. Observando-a. Ela rapidamente apagou quatro das velas, e quando estava prestes a assoprar a última, sentiu como se o tabuleiro Ouija estivesse desafiando-a a fazer solitariamente uma pergunta final.
Evita nunca se intimidou com o desconhecido, e com certeza ela não queria começar agora. Ela colocou os dedos sobre o ponteiro. "Como...", respirou fundo "... eu vou morrer?" O ponteiro logo se deslocou em movimentos minúsculos e lentos. Seu coração acelerou enquanto ela desesperadamente dizia a si mesma que eram as suas mãos nervosas que faziam com que ele se movesse. Ele deslizou e apontou. Primeiro para um F, então para um O, depois para um G, e finalmente... para um O.
Evita ouviu um rangido atrás dela. Quando ela se virou para ver, acidentalmente bateu na última vela com a mão esquerda. Ninguém estava lá. Apenas uma fotografia de sua família, sorrindo.
Os três amigos estavam sentados no chão, cercados por cinco velas acesas e com as mãos descansando acima de um ponteiro de uma Tábua Ouija. Ele se moveu como num bombardeio para a esquerda, desacelerou em uma parada e apontou para a letra "E". "DANE-S... E?". Evita olhou para Daisuke, que escondia um sorriso e mantinha os olhos para baixo. Claire olhou ao redor da sala escura. "Dane-se? Danem-se vocês, caras", disse Evita. Evita muitas vezes jogou dados e consultou cartas de tarô para tomar decisões importantes. E hoje à noite, enquanto seus pais estavam fora, ela chamou seus amigos para invocar um espírito para aconselhá-la sobre uma questão da faculdade. "Não fui eu", disse Daisuke. Ele se levantou do chão e estendeu sua mão em direção ao teto, lançando seu sorriso bobo para ela em seguida. "Certo", disse Claire. "Então eu acho que foi o fantasma, né? Porque não fui eu".
Os três amigos trocaram olhares rápidos, e em seguida, caíram na gargalhada. "Que seja", disse Evita. "Danem-se todos vocês. Vocês sabem que eu levo essas coisas a sério." As chamas das velas ao redor piscaram. "De qualquer forma", disse Evita. "Vocês têm que sair daqui, agora. Meus pais vão voltar daqui a pouco. Eles iriam pirar se vissem isso." Eles se levantaram e se dirigiram até a porta. Evita abriu e sorriu enquanto eles passavam. "Boa noite, idiotas", ela exclamou, fechando a porta.
Evita ligou a luz e se virou, tornando-se consciente do autoritário silêncio do quarto. Enquanto caminhava em direção às velas e a tábua Ouija, sentiu como se alguém estivesse olhando para ela. Observando-a. Ela rapidamente apagou quatro das velas, e quando estava prestes a assoprar a última, sentiu como se o tabuleiro Ouija estivesse desafiando-a a fazer solitariamente uma pergunta final.
Evita nunca se intimidou com o desconhecido, e com certeza ela não queria começar agora. Ela colocou os dedos sobre o ponteiro. "Como...", respirou fundo "... eu vou morrer?" O ponteiro logo se deslocou em movimentos minúsculos e lentos. Seu coração acelerou enquanto ela desesperadamente dizia a si mesma que eram as suas mãos nervosas que faziam com que ele se movesse. Ele deslizou e apontou. Primeiro para um F, então para um O, depois para um G, e finalmente... para um O.
Evita ouviu um rangido atrás dela. Quando ela se virou para ver, acidentalmente bateu na última vela com a mão esquerda. Ninguém estava lá. Apenas uma fotografia de sua família, sorrindo.
domingo, 18 de janeiro de 2015
EU ME SENTEI NO ÔNIBUS
Eu me sentei no ônibus; estava voltando da escola.
Fiquei ouvindo música, prestando pouca ou nenhuma atenção nos outros alunos.
Em uma das paradas, minha mente me trouxe de volta à realidade.
Eu olhei para uma das pequenas casas. "É a casa de Tommy", pensei.
Uma mão deslizou através das cortinas da janela, acenando para motorista seguir em frente.
"Ele está doente", pensei, sem prestar muita atenção.
O dia passou voando.
Assisti ao canal de notícias locais em casa, e o que eu ouvi me paralisou.
Toda a família de Tommy havia sido assassinada naquele dia por um suspeito desconhecido.
Depois de ouvir aquela notícia, eu fui para o meu quarto e quietamente adormeci.
---
No dia seguinte, eu me sentei no ônibus.
Passamos novamente pela casa de Tommy, e o motorista do ônibus, provavelmente sem ter conhecimento do trágico e intrigante destino da família de Tommy, parou ao lado de sua casa.
Quando eu estava prestes a me levantar para lhe explicar o ocorrido, algo chamou minha atenção.
Uma mão pálida deslizou através das cortinas da janela e acenou para o motorista seguir em frente.
Eu me sentei no ônibus, apavorado
Fiquei ouvindo música, prestando pouca ou nenhuma atenção nos outros alunos.
Em uma das paradas, minha mente me trouxe de volta à realidade.
Eu olhei para uma das pequenas casas. "É a casa de Tommy", pensei.
Uma mão deslizou através das cortinas da janela, acenando para motorista seguir em frente.
"Ele está doente", pensei, sem prestar muita atenção.
O dia passou voando.
Assisti ao canal de notícias locais em casa, e o que eu ouvi me paralisou.
Toda a família de Tommy havia sido assassinada naquele dia por um suspeito desconhecido.
Depois de ouvir aquela notícia, eu fui para o meu quarto e quietamente adormeci.
---
No dia seguinte, eu me sentei no ônibus.
Passamos novamente pela casa de Tommy, e o motorista do ônibus, provavelmente sem ter conhecimento do trágico e intrigante destino da família de Tommy, parou ao lado de sua casa.
Quando eu estava prestes a me levantar para lhe explicar o ocorrido, algo chamou minha atenção.
Uma mão pálida deslizou através das cortinas da janela e acenou para o motorista seguir em frente.
Eu me sentei no ônibus, apavorado
QUEM FARIA ISSO ?
Estou cercado pela escuridão. Meu coração está em disparada. Sinto o meu sangue se batendo contra as paredes de meu crânio. Eu não consigo respirar. O medo tem aleijado as minhas necessidades mais básicas. Bem, exceto uma. Ainda posso sentir um fluxo quente correr pela minha perna esquerda.
Meus pulmões estão queimando. Eu preciso respirar, mas sei que isso irá denunciar a minha posição. Se é que o cheiro da minha urina não fez isso antes. E então eu ouvi. Um som que a maioria dos homens só imagina em seus piores pesadelos. A sede de sangue, a raiva dirigida, o grito de ódio do meu perseguidor. Minha frequência cardíaca aumenta. Meu corpo congela. Meus instintos gritam "Corra, seu idiota!" mas aqui estou eu, congelado pelo terror. O cheiro de medo e mijo consome o meu entorno. Estou acabado. Estou condenado. Na escuridão, eu vejo dois pontos vermelhos brilhantes avançando lentamente até mim. Finalmente capaz de me mover novamente, eu pego a minha bolsa e retiro o objeto mais próximo de uma arma que eu possuía: um bisturi longo e delgado. Eu coloco minha bolsa no chão, tentando manter os sons dos meus outros instrumentos em silêncio. Mas falhei, chamando a atenção da fera de olhos vermelhos atrás de mim. Eu grito e corro, brandindo minha "arma" na esperança de eliminar este abastardamento da humanidade em um corte limpo e rápido.
Aquilo durou apenas alguns segundos. Ouvi gritos e o som daquela criatura tossindo sangue, e, finalmente, nada. Estava feito. O demônio estava morto. Mas o que era aquilo? A criatura havia me acertado também. Senti o sangue que saia do corte e sabia que eu também logo estaria morto. Deitei-me perto da minha vítima com a lâmina ainda dentro do corpo e aguardei quieto pelo abraço frio e obscuro da morte. Lágrimas encheram os meus olhos enquanto eu lentamente caia no sono eterno.
Acordei na manhã seguinte. Um sonho? A coisa toda foi apenas um sonho? Que alívio! Tinha certeza de que tudo fora real. Mesmo com a dor em minhas costas que ainda latejava como se eu tivesse sido mesmo atacado. Eu fui até a cozinha comer o meu café da manhã, fígado com ovos. Foi então que olhei para o jornal em minha mesa. A manchete dizia "Jack, o Estripador Ataca Novamente". Minha empregada, Mary Kelley, veio trazer o meu café da manhã, exclamando, "Terrível, não é? Quem faria isso? Pelo menos a pobre garota conseguiu ferir o Estripador, ao menos assim a polícia poderá identificá-lo guiando-se...". Foi então que ela percebeu a marca de sangue na minha camisa.
Mas desta vez não era um sonho.
Meus pulmões estão queimando. Eu preciso respirar, mas sei que isso irá denunciar a minha posição. Se é que o cheiro da minha urina não fez isso antes. E então eu ouvi. Um som que a maioria dos homens só imagina em seus piores pesadelos. A sede de sangue, a raiva dirigida, o grito de ódio do meu perseguidor. Minha frequência cardíaca aumenta. Meu corpo congela. Meus instintos gritam "Corra, seu idiota!" mas aqui estou eu, congelado pelo terror. O cheiro de medo e mijo consome o meu entorno. Estou acabado. Estou condenado. Na escuridão, eu vejo dois pontos vermelhos brilhantes avançando lentamente até mim. Finalmente capaz de me mover novamente, eu pego a minha bolsa e retiro o objeto mais próximo de uma arma que eu possuía: um bisturi longo e delgado. Eu coloco minha bolsa no chão, tentando manter os sons dos meus outros instrumentos em silêncio. Mas falhei, chamando a atenção da fera de olhos vermelhos atrás de mim. Eu grito e corro, brandindo minha "arma" na esperança de eliminar este abastardamento da humanidade em um corte limpo e rápido.
Aquilo durou apenas alguns segundos. Ouvi gritos e o som daquela criatura tossindo sangue, e, finalmente, nada. Estava feito. O demônio estava morto. Mas o que era aquilo? A criatura havia me acertado também. Senti o sangue que saia do corte e sabia que eu também logo estaria morto. Deitei-me perto da minha vítima com a lâmina ainda dentro do corpo e aguardei quieto pelo abraço frio e obscuro da morte. Lágrimas encheram os meus olhos enquanto eu lentamente caia no sono eterno.
Acordei na manhã seguinte. Um sonho? A coisa toda foi apenas um sonho? Que alívio! Tinha certeza de que tudo fora real. Mesmo com a dor em minhas costas que ainda latejava como se eu tivesse sido mesmo atacado. Eu fui até a cozinha comer o meu café da manhã, fígado com ovos. Foi então que olhei para o jornal em minha mesa. A manchete dizia "Jack, o Estripador Ataca Novamente". Minha empregada, Mary Kelley, veio trazer o meu café da manhã, exclamando, "Terrível, não é? Quem faria isso? Pelo menos a pobre garota conseguiu ferir o Estripador, ao menos assim a polícia poderá identificá-lo guiando-se...". Foi então que ela percebeu a marca de sangue na minha camisa.
Mas desta vez não era um sonho.
O ACORDO
"Papai, tem um monstro no meu armário."
"Não, não tem", respondo semi-adormecido, "nós já passamos por isso antes, filha." Minha esposa acordou também. "Você não poderia, pelo menos, verificar? Parece que desde que ela voltou do hospital, vários corpos começaram a surgir ao redor da cidade. Apareceu outro na noite passada".
"Sim, eu vou dizer pra ela o quão triste eu estou pelas mortes destes cafetões e traficantes de drogas. De qualquer forma, eu não acho que quem está os apagando virá depois atrás da nossa filha."
"Apenas acalme ela, por favor." Ela se vira para Kayla. "Você viu o monstro?"
Kayla acena com a cabeça. "Ele é muito alto, tem dedos longos e uma boca grande com dentes brilhantes e afiados. Ele se esconde no meu armário e por trás da porta. Ele diz que vai me pegar, e seu nome é Goregrinder." Estou cansado disso. Eu jogo para longe os lençóis e salto para fora da cama.
Susan agarra meu braço e se inclina. "Você poderia, por favor, ter um pouco de paciência com ela?", Ela sussurra: "Meu Deus, ela se recuperou completamente de uma doença que mata milhares de crianças de sua idade. É um milagre ainda termos ela aqui, mesmo que ela nos incomode as vezes."
"Eu sei. Eu já estou indo," eu rosno de volta. Vou rapidamente até o seu quarto e acendo a luz. Nada. O armário range enquanto o abro. A luz preenche o local. Nada. Oh espere, eu estou fazendo errado. Eu desligo a luz e deixo a lua iluminar o quarto. Lá está ele. Tão alto que teria que se contorcer completamente para sair. Veste um casaco que cobre a maior parte de seu corpo. Parece ser feito de pele de urso ou algo assim. Seus braços estão cruzados sobre o peito, seus pulsos estão dobrados e seus dedos impossivelmente longos apontam para baixo. Sua pele verrugosa parece ser mais resistente do que o couro. A boca parece ser muito grande para sua cabeça, cheia de dentes laminados. Eu o empurro contra a parede do armário e certifico que minha esposa e filha não podem me ouvir. "Eu já te paguei pela noite passada, desgraçado! Você não pode buscá-la ao menos que eu deixe de pagar por uma semana. Esse foi o acordo! Se você assustar a minha filha mais uma vez, eu acabo com você!".
Ele sorri encantado com a minha justa indignação, e sua boca já extra larga se alonga nesta ação. Mesmo na escuridão do armário, eu posso ver seus dentes brilhantes. Ele sabe que eu não seria capaz de cumprir minhas ameaças, mas ele não me assusta. Ele está sujeito às mesmas regras que eu. Eu caminho para fora do armário e ele tenta ir depois de mim lentamente com o sorriso desafiador em seu rosto. Tanto faz. Eu fecho a porta na cara dele. Então, eu aguardo alguns segundos e abro o armário novamente. Ele se foi. Eu volto para o nosso quarto. "Está tudo bem querida, o monstro se foi."
Susan coloca o dedo sobre os lábios. Kayla está enrolada contra ela, dormindo tranquilamente, como se ela soubesse que está segura, e que eu farei qualquer coisa para mantê-la assim. Qualquer coisa. Mas tudo bem. Ela pode dormir aqui, mas só por essa noite. Eu me aperto na cama ao lado delas, contentando-me com o pequeno espaço na cama que as meninas me deixaram. Eu ainda estou muito irritado para conseguir dormir hoje, não só por causa de Goregrinder, mas por causa de seu mestre também. Será que ele realmente acha que eu iria assinar um contrato usando meu próprio sangue em um pergaminho feito de pele humana sem o ler primeiro? Que tipo de idiota ele pensa que eu sou?
"Não, não tem", respondo semi-adormecido, "nós já passamos por isso antes, filha." Minha esposa acordou também. "Você não poderia, pelo menos, verificar? Parece que desde que ela voltou do hospital, vários corpos começaram a surgir ao redor da cidade. Apareceu outro na noite passada".
"Sim, eu vou dizer pra ela o quão triste eu estou pelas mortes destes cafetões e traficantes de drogas. De qualquer forma, eu não acho que quem está os apagando virá depois atrás da nossa filha."
"Apenas acalme ela, por favor." Ela se vira para Kayla. "Você viu o monstro?"
Kayla acena com a cabeça. "Ele é muito alto, tem dedos longos e uma boca grande com dentes brilhantes e afiados. Ele se esconde no meu armário e por trás da porta. Ele diz que vai me pegar, e seu nome é Goregrinder." Estou cansado disso. Eu jogo para longe os lençóis e salto para fora da cama.
Susan agarra meu braço e se inclina. "Você poderia, por favor, ter um pouco de paciência com ela?", Ela sussurra: "Meu Deus, ela se recuperou completamente de uma doença que mata milhares de crianças de sua idade. É um milagre ainda termos ela aqui, mesmo que ela nos incomode as vezes."
"Eu sei. Eu já estou indo," eu rosno de volta. Vou rapidamente até o seu quarto e acendo a luz. Nada. O armário range enquanto o abro. A luz preenche o local. Nada. Oh espere, eu estou fazendo errado. Eu desligo a luz e deixo a lua iluminar o quarto. Lá está ele. Tão alto que teria que se contorcer completamente para sair. Veste um casaco que cobre a maior parte de seu corpo. Parece ser feito de pele de urso ou algo assim. Seus braços estão cruzados sobre o peito, seus pulsos estão dobrados e seus dedos impossivelmente longos apontam para baixo. Sua pele verrugosa parece ser mais resistente do que o couro. A boca parece ser muito grande para sua cabeça, cheia de dentes laminados. Eu o empurro contra a parede do armário e certifico que minha esposa e filha não podem me ouvir. "Eu já te paguei pela noite passada, desgraçado! Você não pode buscá-la ao menos que eu deixe de pagar por uma semana. Esse foi o acordo! Se você assustar a minha filha mais uma vez, eu acabo com você!".
Ele sorri encantado com a minha justa indignação, e sua boca já extra larga se alonga nesta ação. Mesmo na escuridão do armário, eu posso ver seus dentes brilhantes. Ele sabe que eu não seria capaz de cumprir minhas ameaças, mas ele não me assusta. Ele está sujeito às mesmas regras que eu. Eu caminho para fora do armário e ele tenta ir depois de mim lentamente com o sorriso desafiador em seu rosto. Tanto faz. Eu fecho a porta na cara dele. Então, eu aguardo alguns segundos e abro o armário novamente. Ele se foi. Eu volto para o nosso quarto. "Está tudo bem querida, o monstro se foi."
Susan coloca o dedo sobre os lábios. Kayla está enrolada contra ela, dormindo tranquilamente, como se ela soubesse que está segura, e que eu farei qualquer coisa para mantê-la assim. Qualquer coisa. Mas tudo bem. Ela pode dormir aqui, mas só por essa noite. Eu me aperto na cama ao lado delas, contentando-me com o pequeno espaço na cama que as meninas me deixaram. Eu ainda estou muito irritado para conseguir dormir hoje, não só por causa de Goregrinder, mas por causa de seu mestre também. Será que ele realmente acha que eu iria assinar um contrato usando meu próprio sangue em um pergaminho feito de pele humana sem o ler primeiro? Que tipo de idiota ele pensa que eu sou?
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
CREEPYPASTA: A menina e o cão (video)
inscrevam-se no canal se gostaram do meu trabalho
https://www.youtube.com/channel/UCToPtPkT8fZ7RJEDRcm2rIw
domingo, 11 de janeiro de 2015
CREEPYPASTA: Doll Maker
Creepypsata: Doll Maker
Era mais um ano miserável para mim e para minha família, quando nessa época eu ainda tinha um nome… Hoje não me lembro nem de meu próprio rosto.
Recordo-me de ver minha mãe chorando na cozinha; meu pai estava contando o dinheiro que ganhara do Homem Alto- este que sorriu estranho para mim, conduzindo seu olhar sobre meu corpo após me chamar de “boneca”. Eu não havia entendido nada naquela época.
Se não me engano, acho que estava há poucos dias de fazer meu décimo primeiro aniversário… mas isso é um fato irrelevante.
Acontece que, naquele ano, eu estaria prestes a perder minha dignidade, minha identidade, minha liberdade, e outras coisas que literalmente não usaria mais.
Pois bem, naquele mesmo dia o homem alto disse a mim que iriamos ao parque. Achei estranho mamãe não teria permitido, sequer eu havia feito a lição de casa…
“Está pronta, minha pequena boneca?” Disse ele. Enquanto aos poucos eu retomava a consciência, voltando a enxergar o que se passava mas impossibilitada de me mover.
“Temos muito trabalho a fazer agora!” Dissera ele novamente com aquele estranho sorriso (como quando me chamou de boneca pela primeira vez) explicitamente cheio de intenções.
Logo, pude concluir que meus braços e pernas estavam fortemente amarrados. Um frio em minha espinha me roubava o folego; estava nua em uma cama de ferro.
Meu coração disparou e eu comecei a entrar em pânico… Os gritos se prendiam em minha garganta, entrelaçados em soluços. Afogava-me em meio ao choro, com espasmos que por segundos me sufocavam.
Meu corpo reagia por si próprio, debatendo-se sobre a cama fria, sentindo um contraste térmico de lágrimas quentes que escorriam pelo meu rosto enquanto o homem bufava entre minhas pernas.
Enquanto eu era abusada, não podia gritar, não podia fugir e tampouco tinha a ousadia de xingar.
Eu estava só; não havia família, não havia amigos, não havia ajuda. Eu teria que suportar sozinha, totalmente vulnerável mediante as circunstâncias, naquela escura sala malcheirosa.
O que seria de mim?
Na verdade, eu não fazia ideia de aquilo era só o inicio de meu verdadeiro tormento, afinal, descobriria que o inferno não requer uma alma pecaminosa e que a morte poderia ser o melhor dos privilégios.
No ápice, tomei coragem para xingá-lo… (por ironia) senti minha garganta vibrar e meu peito arfar mil insultos; certamente estava gritando como nunca, mas lógico, antes que percebesse já não podia mais ouvir a melancolia de meus brados dilacerarem minhas cordas vocais.
Na mesma noite eu seria limpada cuidadosamente, para que não apodrecesse em meio as próprias fezes. Logo após eu fui jogada às escuras por tempo suficiente… ao menos para criar uma expectativa corrosiva de que o “trabalho” do homem estava apenas começando. Quisera eu estar errada.
Eu passava eternidades trancada na sala soturna. Meu consolo era o escuro, minha rotina a tortura.
Mentalizava minhas preces não correspondidas; meu temor era que as luzes fossem acesas novamente, prenunciando o retorno “dele”, cuja presença era sinônimo de pesadelos, pânico e dor:
Por algum tempo, minha visão fora poupada. Era proposital para que eu visse e entendesse -o que ele fazia, o que ele queria me ensinar… de certo, eu seria nada mais além do que um objeto pelo resto de meus dias.
Com um espelho posto diante de mim, minha visão fora poupada para que eu pudesse presenciar as mais diversas brutalidades que meu corpo sofreria além:
Vi objetos me penetrarem para causar dor e humilhação.
Vi meus dentes serem arrancados um a um com um alicate, para depois serem substituídos por outros de borracha…
Eu estava aprendendo a conviver com a dor, mas quando tornava a chorar no conforto da solidão, me perguntava “por quê?”… Por que eu tinha que passar por isso?
Cheguei ao limite quando meus braços e pernas foram amputados, achei que finalmente morreria pela quantidade de sangue perdi; minha vista foi se apagando lentamente, eu agradecia a Deus por aquilo acabar ali.
Pude sonhar novamente, sonhar como há muito tempo não conseguia. Pude ver a luz do sol, calorosa e agradável. Por um mero instante estava em paz, ao menos até perceber que não estava morta, e que o sol que brilhava sobre mim era na verdade um enorme holofote de frente para o meu rosto. Notei, que meus membros estavam em seus lugares,mas não podia senti-los.
Quando acordei percebi o que aquilo significava então: Braços e pernas de borracha, assim como os dentes…
O homem me levou para um lugar diferente (finalmente), onde não haviam serras, agulhas, ou holofotes para me cegar… Nenhum objeto me violava dessa vez.
Era estranho, eu já estava tão acostumada com a dor, mas dessa vez era somente água morna que escorria pelo meu corpo… não lembrava mais como era tal sensação.
Já não enxergava direito, mas pude ver que o homem alto falava com outra pessoa e… foi a mesma história de tempos atrás, quando minha família me vendeu por uns trocados, mas dessa vez o velho estranho trazia consigo uma maleta de dinheiro... Eu estava sendo comprada novamente.
Mas por quê?
Era isso o que eu havia me tornado? Um objeto, uma boneca de verdade?
Hoje não me restam mais sentidos, com exceção do tato (infelizmente).
Sou como um vegetal, mas ainda penso e sinto, tampouco meu “dono” se importa com isso. Sirvo apenas para ser usada; para ser abusada e torturada… foi para isso que fui treinada; para proporcionar prazer e satisfazer os desejos mais obscenos e profanos do ser humano.
Infelizmente morrer não está em minhas mãos, embora eu continue rezando a cada segundo para que isso aconteça.
fonte: noite sinistra
CREEPYPASTA: medo de chuva
eja bem, não estou escrevendo esta creepypasta com o intuito de assustá-lo. É apenas uma dica, um conselho, afinal, somos sete bilhões de pessoas no mundo e o que quer que tenha vindo ao meu encontro pode estar agora mesmo atrás de você.
Estava com fome, mas não queria sair de dentro do quarto sob hipótese alguma. Estava lendo algumas creepypastas e qualquer coisa vira creepy depois de uma sessão dessas histórias. Entretanto, não consegui me segurar por muito tempo. Me convenci de que qualquer coisa que eu pudesse ver ou ouvir seria fruto da minha mente amedrontada. Disse a mim mesma que precisava passar por cima do medo, rir do medo. "Nada acontece durante o dia por quê?! Cansei de pensar, no meio da rua em dias de sol: se há alguma coisa, apareça agora", lembrei. "Se houvesse alguma coisa realmente poderosa e perigosa, não iria esperar a noite e a solidão pra poder me assustar."
É aí que mora o problema, meus caros. Quando você desafia o sobrenatural, é lógico que ele vai querer fazer você sentir o pior medo possível. E ninguém é autoconfiante à noite.Encostei na maçaneta e ouvi um barulho. Era algo entre um sussurro e uma corrente de água, um tipo de chiado. Vinha de detrás da porta. Não de longe; parecia estar exatamente atrás da porta de madeira. "É qualquer coisa", pensei.
"Não vou desistir por causa de uma coisa tão besta. Ainda se fosse uma voz..."
Voltando à mesma teoria: será sempre - SEMPRE - o desconhecido.
Continuei firme. Abri a porta, corri até a cozinha, alcancei um pacote de salgadinhos. Correndo, eu admito. Corri como poucas vezes na vida. Atravessei o corredor e a sala duas vezes em menos de quarenta segundos. Entrei no quarto e bati a porta, trancando-a. Só conseguia ouvir meu coração e um barulhinho de chuva vindo da janela no fundo do quarto. "Estou segura", cogitei. Por dois segundos.Foi aí que meu coração acelerou e alguma coisa incrivelmente gelada percorreu minha espinha. Paralisei de pavor.
Como eu pude ser tão imbecil?! Não havia chuva há quase dois meses.
Qualquer coisa que estivesse lá fora, eu deixei entrar.
CREEPYPASTA: trens
Se você esperar em qualquer estação de trem, em qualquer data específica (tendo sido esses dois marcados por você mesmo com 1 mês de antecedência), após algumas horas de espera aparecerá um trem que não estará dentro do horário, sem nenhum ponto final ou estação demarcada. O exterior será igual aos trens que você vê na determinada estação, mas quando entrar nele, verá um interior antiquado, muito bem decorado e agradável. Algo como primeira classe de trens a vapor dos anos 30.
A tripulação é refinada e muito apreciável. Os cobradores conversam com você. De meia em meia hora, um garçom vem lhe oferecer os mais selecionados pratos.
Você não está sozinho. O trem está cheio de passageiros. Alguns vestidos como você, outro em roupas cerimoniais de civilizações estrangeiras, poucos vestido com muita elegância e muitos com roupas luxosas de no mínimo um século e meio atrás. Outros usam roupas que você nunca teria visto ou nunca imaginado, de cores que você nunca viu, o que pode lhe parecer totalmente enlouquecedor, e eles carregam coisas - eletrônicos, acessórios, gadjets?- que você nunca imaginaria.
Quando o trem chega na quarta parada (isso leva muitas horas), saia dele. Se você desembarcar antes, desaparecerá. Se você voltar - e alguns conseguem - você falará uma língua diferente, uma completamente desconhecida em nosso mundo. Você entrará em pânico e enlouquecerá em dias. Não comerá, não dormirá e só desejará o mundo que deixou para trás até a sua morte.
Se você descer depois da quarta parada?
Ninguém sabe.
Mas sabe-se que de tempos em tempos um corpo desmembrado é encontrado nos trilhos perto das plataformas de desembarque. Geralmente são só massas de carne em putrefação, vagamente reconhecidos como humanos. Apesar do absurdo do estado de decomposição que levaria muito tempo, eles aparecem bem rapidamente, em um piscar de olhos, muitas vezes.
Dirão que foram suicidas ou pessoas que caiam acidentalmente nos trilhos.
Mas você sabe a verdade.
sábado, 10 de janeiro de 2015
ROSTO DE BONECA
Eu estava ali
Apenas esperando
Observando
Eu sei que ele voltará, eu sei. Não posso comer ou dormir, fico apenas observando o maldito buraco na parede. No inicio ele era apenas um pequeno buraco, e com o tempo ele começou a aumentar. Tentei tampa-lo; mas acabei tornando-o maior. Eu acho que ele sabe que o estou esperando, é por isso que ele decidiu morar em minha parede.
Tentei atrai-lo com comida, camundongos, hamsters, até um porquinho; nada funcionou. Meu deus! Eu tenho que vê-lo outra vez! Apenas para superar meus medos. Eu quero encarar seus olhos negros e sem vida, talvez descobrir o que ele quer de mim. Acho que na primeira vez que eu o vi, bem rapidamente, foi o momento em que minha vida foi arruinada.
-
Eram 3:29 a.m, eu estava sozinho em casa, e tinha acabado de descansar a cabeça no travesseiro quando ouvi um barulho terrível. Me levantei e olhei por todos os cantos do quarto, mas não consegui enxergar nada naquela escuridão. Peguei minha câmera e comecei a tirar fotos com o flash ativado, assim como naquele filme, Jogos Mortais, e comecei a procurar a origem do barulho. Eu deveria ter pensando em algo melhor, os flashes apenas me cegavam. Decidi largar a câmera.
Fui para a cozinha, tateando no escuro. Percebi que a porta da geladeira estava aberta, o que era realmente estranho, sendo que eu nem tinha aberto a geladeira naquela noite. Quando finalmente consegui ligar as luzes, eu vi a estranha criatura em um canto da cozinha, era quase da mesma altura da minha mesinha de café.
Me aproximei dele e por um momento pensei que meus olhos estavam me pregando um truque, mas eu podia jurar que ele tinha se movimentado tão rápido, que em menos de um segundo já não estava mais ali. Tentei correr de volta para o meu quarto, mas acabei batendo o pé na porcaria de uma cadeira. Eu caí, e fiquei petrificado ali no chão quando percebi que algo bafejava em meu pescoço.
“Era um sonho, tinha que ser um sonho, não poderia ser real...” Rolei lentamente para o lado, e me deparei com um terrível rosto branco, bastante semelhante ao rosto de uma boneca de porcelana. Foi nesse momento que reagi e me joguei para o canto mais distante, para observar aquela coisa... entrando em meu quarto.
-
A visão daquela coisa é algo impossível de esquecer, e foi assim que acabei ficando com essa terrível obsessão, sentado em frente ao buraco na parede, esperando... Agarrado à minha câmera, tentando não cair no sono, dividido entre o medo de ser atacado e a incontrolável vontade de revê-lo.
Talvez eu esteja louco? É, pode ser que sim, talvez esteja ficando louco pela falta de comida e descanso. Talvez eu devesse dor-
NÃO! Não posso cair nesse truque! Tentar me fazer dormir para vir e me matar sem que eu o veja! Isso não vai acontecer comigo. Sou muito esperto para cair nesse truque. Dias... Droga! Não durmo há dias!
Eu posso ouvi-lo me chamando…
Meu Deus…
Onde estou? Essa não é a minha casa! Eu devo ter dormido. Esse som... eu já o ouvi... não! Não posso morrer! Não agora! Eu o sinto em minha mente, ele QUER que eu o veja, que eu tire uma foto. A minha câmera... ele a jogou para mim...
O que faço? Devo vê-lo? A vontade é esmagadora...vou morrer mesmo... eu preciso vê-lo-
• Click*
OH MEU DEUS! MAS QUE DRO-
Apenas esperando
Observando
Eu sei que ele voltará, eu sei. Não posso comer ou dormir, fico apenas observando o maldito buraco na parede. No inicio ele era apenas um pequeno buraco, e com o tempo ele começou a aumentar. Tentei tampa-lo; mas acabei tornando-o maior. Eu acho que ele sabe que o estou esperando, é por isso que ele decidiu morar em minha parede.
Tentei atrai-lo com comida, camundongos, hamsters, até um porquinho; nada funcionou. Meu deus! Eu tenho que vê-lo outra vez! Apenas para superar meus medos. Eu quero encarar seus olhos negros e sem vida, talvez descobrir o que ele quer de mim. Acho que na primeira vez que eu o vi, bem rapidamente, foi o momento em que minha vida foi arruinada.
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Eram 3:29 a.m, eu estava sozinho em casa, e tinha acabado de descansar a cabeça no travesseiro quando ouvi um barulho terrível. Me levantei e olhei por todos os cantos do quarto, mas não consegui enxergar nada naquela escuridão. Peguei minha câmera e comecei a tirar fotos com o flash ativado, assim como naquele filme, Jogos Mortais, e comecei a procurar a origem do barulho. Eu deveria ter pensando em algo melhor, os flashes apenas me cegavam. Decidi largar a câmera.
Fui para a cozinha, tateando no escuro. Percebi que a porta da geladeira estava aberta, o que era realmente estranho, sendo que eu nem tinha aberto a geladeira naquela noite. Quando finalmente consegui ligar as luzes, eu vi a estranha criatura em um canto da cozinha, era quase da mesma altura da minha mesinha de café.
Me aproximei dele e por um momento pensei que meus olhos estavam me pregando um truque, mas eu podia jurar que ele tinha se movimentado tão rápido, que em menos de um segundo já não estava mais ali. Tentei correr de volta para o meu quarto, mas acabei batendo o pé na porcaria de uma cadeira. Eu caí, e fiquei petrificado ali no chão quando percebi que algo bafejava em meu pescoço.
“Era um sonho, tinha que ser um sonho, não poderia ser real...” Rolei lentamente para o lado, e me deparei com um terrível rosto branco, bastante semelhante ao rosto de uma boneca de porcelana. Foi nesse momento que reagi e me joguei para o canto mais distante, para observar aquela coisa... entrando em meu quarto.
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A visão daquela coisa é algo impossível de esquecer, e foi assim que acabei ficando com essa terrível obsessão, sentado em frente ao buraco na parede, esperando... Agarrado à minha câmera, tentando não cair no sono, dividido entre o medo de ser atacado e a incontrolável vontade de revê-lo.
Talvez eu esteja louco? É, pode ser que sim, talvez esteja ficando louco pela falta de comida e descanso. Talvez eu devesse dor-
NÃO! Não posso cair nesse truque! Tentar me fazer dormir para vir e me matar sem que eu o veja! Isso não vai acontecer comigo. Sou muito esperto para cair nesse truque. Dias... Droga! Não durmo há dias!
Eu posso ouvi-lo me chamando…
Meu Deus…
Onde estou? Essa não é a minha casa! Eu devo ter dormido. Esse som... eu já o ouvi... não! Não posso morrer! Não agora! Eu o sinto em minha mente, ele QUER que eu o veja, que eu tire uma foto. A minha câmera... ele a jogou para mim...
O que faço? Devo vê-lo? A vontade é esmagadora...vou morrer mesmo... eu preciso vê-lo-
• Click*
OH MEU DEUS! MAS QUE DRO-
TRISTE
No interior de uma pequena cidade, existia um lugar triste. Um lugar triste e solitário. O lugar era um amontoado de cômodos brancos, que em vão tentava passar certo ar de tranquilidade.Na recepção, existia uma mulher loira, sorridente e educada, treinada para lidar com a atmosfera daquele lugar.
Ela sempre parecia feliz, sempre…
No entanto se você chegasse mais perto, se se aproximasse o bastante para observar seus olhos, você veria uma sombra crepuscular que dançava naquele semblante jovem e belo. A palavra para a sombra nos olhos dela? Medo.O mais sincero e doentio medo que você pode imaginar.
Era algo que todos aqueles que cruzavam os portões de ferro imenso, e adentravam em um jardim belo circundando por belas árvores, e com um caminho de paralelepípedos que levava até o hall de entrada, tinham em comum, eles todos tinham medo. Mesmo os que iam até o lugar triste somente para ter o que comer mesmo os que só iam visitar os poucos que moravam lá, e que eram acessíveis a algum tipo de contato (porque a maioria dos que lá estavam não podiam ver nada, ou ninguém, além de suas celas retangulares, e dos homens vestidos de branco que os alimentavam).
Todos temiam esse lugar.Porque algo se arrastava na claridade da luz do dia, ou nas sombras disformes da noite, algo malvado, que se alimentava da loucura dos que lá moravam. A maioria das pessoas não podia ver “o algo”, mas podiam senti-lo. Sentiam algo grande e anormal que escorregava através das paredes sempre brancas do lugar triste, sentiam algo os observando através de olhos escuros e sem vida, olhos sombrios e provocadores, olhos predadores.
E, além disso, alguns dos que lá moravam, e somente eles eram capazes, viam “o algo”.
Esses tinham sua tristeza multiplicada, tinham seus medos multiplicados, suas doenças e loucuras multiplicadas, e isso deixava “o algo” feliz, por que ele se alimentava do medo das pessoas, o monstro, alimentava-se das pessoas.
O monstro tinha muitas formas, às vezes ele era pequeno como uma garotinha, uma garotinha banhada em sangue, outras ele era grande, imenso na verdade, uma coisa assombrosa que poderia se alimentar de um homem facilmente. Aquilo sempre estava presente no lugar triste, porque onde havia tristeza, medo, ou ódio, onde houvesse uma faísca de sentimentos ruins, o monstro estava lá, no entanto, ele manifestava-se mais facilmente nas sombras da noite.
E por isso as pessoas tristes que lá estavam gritavam, gritavam como pessoas com medo, medo de verdade, mas não importa o quanto eles gritassem, os outros que lá iam somente para colocar a comida na mesa, não os ajudava, porque para eles, a tristeza dessas pessoas estava além de qualquer tipo de ajuda.
O monstro levou muitas pessoas tristes embora, as levou com ele para o lugar escuro, o lugar do qual somente o monstro pode voltar. Tudo bem, você não deve se preocupar com o monstro, pode olhar para trás, ele não estava ai, a poucos passos de você olhando com aquele olhar faminto e psicótico, não ele não esta ai, talvez você consiga senti-lo, mas só as pessoas tristes podem vê-lo…
Mas tome cuidado, porque às vezes o monstro pode te fazer ficar triste., e quando isso acontece, ele leva você embora, para sempre.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
sábado, 3 de janeiro de 2015
The Pet Graveyard
Você já ouviu falar de um jogo chamado Pet Graveyard ? Claro que não. Poucas pessoas tiveram a oportunidade de jogar. Ele foi lançado para um novo sistema de jogo portátil chamado "Noma Game System". Foi lançado no Japão em 1985. Ele foi originalmente traduzido para o Inglês do japonês. Então, de qualquer maneira, o "sistema de jogo Noma", não foi lançado nos os EUA até 1987, quando o jogo "Pet Graveyard" foi lançado.
Os produtos com o Sistema Noma foram proibidos no dia seguinte. Diziam que era por causa de um dos seus jogos, mas especificamente, o jogo "Pet Graveyard". Eles disseram que o dispositivo em si era magnífico, não sabiam muito sobre o motivo da proibição. Você tinha que ser um sortudo para conseguir um desses. Provavelmente, apenas 100 fitas existem, e talvez 50 ou mais cópias de "Pet Graveyard". Eu sei disso porque eu fiz minha própria pesquisa. Eu estou fascinado pelos jogos NGS (Noma Game System). Eu nunca consegui um deles. Só sei que um deles veio até mim.
Tenho procurado em vendas de garagem e em lojas de jogos. Eu estava sem sorte, não encontrei. Procurei no eBay e no Amazon, nada. Eu olhei para as casas de penhores locais, também nada. Então me lembrei. Meu amigo tinha uma caixa de jogos antigos que ele nunca chegou a jogar.
Eu fui para ir pedir o jogo a um amigo meu. Ele me disse que poderia pegar o jogo no sótão. Eu fui até lá e ele me entregou uma caixa velha com "Jogos", escrita com um marcador. Ele me entregou algumas placas do jogo.
"Leve, eu nunca vou joga-lo" Ele disse. Eu o agradeci e segui o meu caminho. Fui para casa e abri o pacote que protegia o jogo. Isso me preocupou. Eu o abri. Era uma caixa que continha um gameboy e um carregador vermelho. O estranho era que não havia nenhum aviso ou guia de instrução. Então eu liguei o jogo, surgiu as iniciais "NGS" escrito com letras grandes na tela junto com "Por favor insira um cartucho de jogo".
Eu desembrulhou o cartucho. Não tinha nada demais, apenas uma caixa preta com "Pet Graveyard" escrito com letras brancas. Eu o abri, era um pequeno cartucho, quadrado e com uma cor amarelo-esverdeada. O coloquei na ranhura na parte de trás e o jogo carregou. Uma tela apareceu. Ele tinha as palavras "Pet Graveyard" sobre. Havia apenas a opção "comece a jogar", mas que seja, eu cliquei nela.
No jogo, você era um homem, seu objetivo principal era enterrar animais mortos e cremar outros. Era um conceito um tanto perturbador, mas eu continuei jogando. A cada missão que você faz, o jogo ficava mais difícil. Depois de eu ganhar 13 missões, as coisas começaram a ficar estranhas. As pessoas estavam pagando para você enterrar coisas perturbadoras como corpos humanos, membros e bens falsificados. O personagem começa a parecer cada vez mais deprimido.
Na missão 21, você é abordado por um homem que lhe dá pílulas, ele pede para você toma-las, e em seguida, seu personagem parece feliz. Isso me fez sentir feliz também. Cresceu um enorme sorriso em meu rosto, como fez o meu personagem. Ele enterrou corpos e outras drogas ilegais e pareceu mais e mais feliz, assim como eu. Ele entrou em uma sala, pegou uma faca e ficou olhando para a tela por alguns minutos.
Seu sorriso crescia cada vez mais quando ele olhou para mim, assim como o meu. Ele pegou a faca e esfaqueou o seu próprio coração, lentamente, o sangue jorrou. Ele caiu no chão, e uma piscina escura de sangue começa a se formar em torno dele.
Suas expressões faciais se tornam mais ameaçadoras a cada segundo. Eu não pude deixar de rir de volta. Seus olhos começaram a se ficar com um tom vermelho cor-de-sangue. Em seguida, o jogo volta para a tela de título. Comecei a rir. Uau, este jogo era incrível. Por que eles iriam banir um jogo tão divertido? Isso soa engraçado agora.
Facas.
Agora essa palavra só me faz rir. Coração, coração, coração, facas e facas. Talvez se eu colocar uma faca em meu coração, este momento possa ficar comigo para sempre.
CHAPEUZINHO VERMELHO
O mundo me vê como uma garota normal, com uma vida normal. Eu estou lhe dizendo, eu estou longe de ser normal. Quando eu era pequena, eu amava fazer caminhadas e explorar a floresta próxima a minha casa. Mas o que aconteceu naquele dia fatal há trinta anos, mudou tudo. Quando entrei na floresta, eu não tinha medo de nada. Quando eu saí, eu já tinha medo de tudo.
Eu matei uma pessoa pela primeira vez quando eu tinha 14 anos. Desde então, eu não consigo mais parar. Eu me lembro de todos eles, os 24 homens. Eu só mato aqueles que o merecem, claro. Minha primeira vítima foi o meu tio. Tio Colin, com sua boca grande, era um homem bruto e com seus olhos picantes. Quando ele olhou para mim ele achava que eu não notei. Eu sempre tinha que sentar no colo dele, ele me obrigava. Quando eu ia para o porão de minha casa, ele estava bem atrás de mim.
Eu coloquei um travesseiro sobre sua cabeça, ele tentou lutar pela sua vida. Mas ele perdeu. O médico disse que seu coração estava cansado demais.
Por todo esse tempo, eu consegui esconder para o resto do mundo quem eu realmente sou. Apenas uma viúva jovem, trabalhando em dois empregos decentes para manter minha cabeça acima da água, depois que meu marido morreu. Acho que as pessoas sentem pena de mim, depois que meu marido morreu em um terrível acidente de carro há alguns meses atrás. Pobre, pobre Will. Os freios do carro não estavam funcionando. Eu disse a ele para conserta-los! Ele deveria ter ouvido.
Eu sempre fico irritada com coisas pequenas. Quer dizer, eu não sou louca nem nada, mas eu pegando o ônibus um dia desses, e um homem veio atrás de mim, tossindo e tossindo o tempo todo. Mas, é claro, como a mulher, gentil e educada que eu sou, eu deixei passar. Eu apenas lhe dei um pequeno empurrão para baixo as escadas. Homem estúpido, ele deveria ter apertado mais sua bengala. Quando eu saí, eu não pude deixar de notar como sua cabeça estava sangrando. Tirei uma foto dele. Eu mencionei que eu trabalho como fotógrafa? Você deveria ver minhas fotos algum tempo.
Elas são realmente de tirar o fôlego, todas as 24 fotos que tirei.
Eu acho que você aprendeu o suficiente sobre mim agora.
Talvez até demais...
BONECAS
Na área rural de Illinois, uma empresa de brinquedos começou a vender bonecas de bebê "realistas" para gestantes. Mas depois que a mãe tivesse o filho, o bebê de brinquedo ia começar a chorar. Eventualmente, o "movimento de balanço" anunciado no pacote do brinquedo para acalmá-lo não iria funcionar, e você não poderia fazer nada para para-lo sem o sacudir.
Quando ele começasse a chorar, a mãe teria que bater cada vez mais forte para fazer o "bebê" ficar quieto. A única coisa que parecia calar a boneca permanentemente era bater sua cabeça contra a parede, destruindo o mecanismo que o fazia chorar.
Em mais de uma ocasião, os vizinhos chamaram as autoridades para denunciar um abuso de crianças, e quando a polícia chegou, encontraram restos mortais e sangue de crianças manchadas nas paredes e no chão.
Na maioria dos casos, a mãe não conseguia entender por que a polícia estava lá, ela disse que tinha apenas "se livrado daquela boneca estúpida", enquanto ela balançava um pacote em forma de bebê em seus braços.
Quando ele começasse a chorar, a mãe teria que bater cada vez mais forte para fazer o "bebê" ficar quieto. A única coisa que parecia calar a boneca permanentemente era bater sua cabeça contra a parede, destruindo o mecanismo que o fazia chorar.
Em mais de uma ocasião, os vizinhos chamaram as autoridades para denunciar um abuso de crianças, e quando a polícia chegou, encontraram restos mortais e sangue de crianças manchadas nas paredes e no chão.
Na maioria dos casos, a mãe não conseguia entender por que a polícia estava lá, ela disse que tinha apenas "se livrado daquela boneca estúpida", enquanto ela balançava um pacote em forma de bebê em seus braços.
SORTUDO
Você tem sorte, sabia? Você nunca vai ouvir os sussurros macabros que surgem no fundo do armário, nunca sentir o frio se rastejando em sua coluna vertebral. Você nunca vai fazer uma pausa durante uma volta no corredor, porque você sabe que se você olhar para trás, você vai ver algo que não deveria estar lá.
Algo que se arrasta, no meio das sombras. Algo que, uma vez que o vê, nunca vai parar de correr em sua direção. Ele não virá atrás de você enquanto estiver dormindo. Ele quer que você saiba que ele está lá. Ele quer que você ouça o som incessante de seus passos, a sua respiração ofegante ecoando pelo seu quarto. Ele sente o cheiro seu medo, e escuta o seu choro, e pode ver o horror em seu rosto enquanto ele se aproxima.Se você tiver sorte, você não vai tentar encontrá-lo. Você nunca vai prestar atenção aos sinais. Você não vai tentar procurar a as coisas que voam pelo canto do seu olho. A ignorância será o seu escudo e sua proteção.
Não seja muito curioso; leve os sons como se fossem os de uma casa antiga, ou uma falha no aquecedor, ou qualquer outra desculpa que você pode pensar. Faça o que fizer, pense o que quiser, não acredite. Porque uma vez que você acreditar, eles vão se tornar reais.
E quando você finalmente descobrir quem eles são...
Eles virão para você.
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