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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

ELES ESTÃO EM TODA PARTE

"Eu não sei o que fazer, doutor. Esses malditos estão em todos os lugares. Ninguém sabe além de mim."

"Sabe do que, Larry?"

"Sobre os demônios! Eles estão em toda parte!"

"Conte-me sobre esses demônios, Larry. Como eles se parecem?"

"Eles tem a pele preta, bastante parecida com couro. Membros meio espinhados. As asas deles são como o véu de um ceifeiro. E os olhos..." O homem treme no sofá.

"O que tem os olhos, Larry?"

"Eles são enormes! Ocupam metade do rosto deles. E tem isso... eles nem sequer se parecem com olhos, é como um milhão de olhos aglutinados e juntos. E eles são vermelhos!"

"Ok, é o suficiente. Mas o que os torna tão terríveis para você? Será que esses tais demônios têm uma 'atração' especial por você? O que é que você não gosta neles?"

"Bem, eu sei um monte de coisas sobre eles. Eles costumam ir para cemitérios, rastejando-se na terra e sob os cadáveres à noite. Eles entram na comida e a envenena com o seu próprio vômito. Eles comem as carcaças de animais em decomposição, até os recém-mortos nas estradas. Eles chegam até as pessoas e elas não podem os ver, e então eles movem suas garras fétidas em sua carne e injeta o seu veneno e podridão, eles são tão nojentos... tão repugnantes..."

"Ok, Larry. Agora me diga onde você vê esses demônios."

"Em todos os lugares! No parque, pairando nas pessoas, e elas nem sequer os percebem. Então eles penetram suas garras em sua carne, e eles injetam seu veneno e..."

"Ok, Larry. Você já disse isso antes. Bem, iremos nos ver duas vezes por semana a partir de agora. Quarta e sexta parece bom para você?"

Larry acena positivamente assim que ele é levado para fora da porta por dois escoltas em branco. Quando a porta se abre novamente, a secretária do psiquiatra entra.

"Você descobriu por quê aquele esquizofrênico se recusava a comer?"

"Sim. Eu temo que ele vá ter que passar por mais algum tempo sendo alimentado à força, apesar de tudo. Ele acha que demônios estão em toda parte, o perseguindo e envenenando a sua comida. Nós vamos ter que encontrar uma maneira de tratar a sua Entomofobia o mais rápido possível."

"Ent... o quê?"

"Ele tem medo de moscas."

EMILY

Emily é uma garota corajosa. Ela sabe se defender e não faz o tipo ‘donzela em perigo’. Ela é engraçada, inteligente, agitada e alegre. Seu sorriso pode iluminar um quarto à noite. Ela é linda, mas isso não importa. Não importa que seja feia ou bonita, eu gostaria dela de qualquer jeito. Eu amo a Emily, caso você não tenha percebido.

O que ela tem de ruim? Nada! Inteligente, bonita, alegre. Tudo que eu queria. Ela também tem algumas manias. Às vezes ela dá um gritinho como se tivesse se assustado com alguma coisa. E quando ela realmente se assusta, fica com os olhos arregalados, e assim ela fica incrivelmente dez vezes mais bonita. É adorável. Ela parece tão inocente assim.

Emily é sempre muito corajosa pela manhã, mas... à noite é quando eu percebo o qual vulnerável ela realmente é. Emily adora ler, assim como eu, e às vezes, quando fica muito tarde, ela costuma sentar na sala e ler um livro usando apenas a luz do celular. Não me pergunte por qual razão ela faz isso, é estranho, porém a parte que mais gosto é quando ela volta para o quarto.

Ela passa pelo corredor completamente escuro. Claro que ela usa a luz do celular, mas não adianta muita coisa. É nesse momento que aposto que várias imagens de monstros devem estar passando pela mente dela. Monstros que podem agarra-la e afasta-la da família para sempre.

Então ela passa correndo direto para a cama. Ela da uma risadinha enquanto usa a luz do celular para checar se não há algo anormal embaixo da cama, provavelmente se achando uma tola por estar com medo e pensando besteiras. Ela liga o iPod e dorme tranquilamente, esquecendo de todos os pensamentos que a fizeram sentir medo antes de se deitar.

Enquanto Emily dorme, eu continuo acordado. Emily acha que monstros podem ataca-la a qualquer momento no escuro, mas ela esta errada. Emily pensa que são coisas apenas de sua imaginação... mas está errada outra vez. Quando ela cai no sono eu deito carinhosamente ao seu lado. Enquanto esta dormindo, ela não se arrepia quando me aproximo para apreciar seu belo rosto. Nesse momento eu imagino como seria poder envelhecer ao lado dela.

Eu a admiro pelo que parece uma eternidade. Meu Deus! Ela é tão linda! Eu a beijo. Ela não acorda, ela não se assusta. Ela continua dormindo. Fecho meus olhos, sentindo seu calor humano. Por um breve momento, quase me sinto… vivo.

Mas apenas por pouco tempo, e quando abro meus olhos e abafo o choro do meu coração, percebo que nunca poderei sentar com Emily em uma praia, olhando o mar e segurando a sua delicada mão.

Saio da cama e reajusto seus cobertores. Olho para ela mais uma vez. Ela é realmente linda.

Sempre amarei a Emily. Mesmo que ela se assuste com a minha sombra, mesmo quando ela finge que não me vê no escuro, mesmo quando ela tem pesadelos comigo, mesmo quando ela abre os olhos para me ver.

Mesmo quando ela grita.

A TEORIA DE SATAN'S SPHINX

Eu ouvi falar sobre a Satan's Sphinx, de um amigo do Facebook. Ele me disse que esteve na internet durante 2 meses em 2009, então foi retirado do ar pelo governo. Foi retirado do mecanismo de busca do Google, todos os artigos do Wikipedia e vídeos do Youtube também foram retirados. Eu não sei por que o governo iria se importar com tal coisa. Depois eu perguntei para o meu amigo no Facebook, o que tinha tão de errado com essa tal de Satan's Sphinx, mas ele não tinha muito conhecimento sobre isso, mas ele me deu um e-mail de um outro amigo dele estava por dentro do assunto de cospirações paranormais.

Meu amigo disse que ele tinha conhecimento do vídeo e de outras coisas similares.

Eu enviei um e-mail para ele dizendo “Você sabe algo sobre a Satan's Sphinx?” Eu esperei ele responder, e depois de algumas horas ele me disse: “Sim”. Então eu o respondi perguntando “Você poderia me contar algo sobre isso?” e então ele me respondeu:

“A Satan's Sphinx é um vídeo que era e ainda é usado pelo governo. A gravação foi upada há 3 anos atrás por um usuário anônimo em alguns fóruns e no Youtube. Essas gravações foram retiradas da internet completamente pelo governo, pois causava suicídios, histeria, insanidade e abuso próprio. O vídeo contém conteúdo repugnante, que pode causar sede de sangue, levar a pessoa que o ver ao estado de choque e depois, ao suicídio.”

Então perguntei para ele “Você viu o vídeo?” Ele me respondeu isso:

“Sim, para ser honesto, eu vi. O vídeo em si contém gritos e mais gritos que podem te deixar surdo se o volume estiver acima de 45%. Então cenas de mortes e muito sangue vão de um lado para o outro muito rapidamente. Os seus olhos mal conseguem acompanhar a velocidade e a intensidade das imagens que aparecem. Então começam sussurros em uma linguagem sem o menor nexo, como se um humano estivesse tremendo e sussurrando em sua orelha. Depois de um minuto, os gritos ficam mais e mais intensos, enquanto as imagens, ficam mais e mais rápidas. A tela fica em um tom de sépia e monocromático, piscando constantemente.

Os sussurros ficam cada vez mais rápidos e mais irritantes. é como se você quisesse parar de ver o vídeo, mas não conseguisse parar de assistir, pois você entrou em estado de choque e descrença. Há uma razão para esse vídeo ser retirado do ar, era horripilante. Mas havia algo a mais. Era mais aterrorizante que qualquer filme de terror que você já viu na sua vida, e era bem curto também. 3 minutos e 49 segundos de duração para ser exato. Quando eu assisti, eu fiquei aterrorizado. Eu não queria assistir tudo. Mas quando eu terminei, eu estava assustado. As imagens, os gritos, estavam todos implantados no meu cérebro. Eu não conseguia esquecer. Eu me senti deprimido por dias depois de ter assistido o video. Eu me senti sozinho por alguma razão desconhecida. Eu tive pesadelos durante toda noite por duas semanas. Era horrível, eu queria me matar. Eu quase cometi suícidio um dia, quase. Mas aqui estou eu, e isso é tudo o que eu me lembro, é só isso?” Eu respondi: “Sim, obrigado.” Então ele não me respondeu mais.

Era como se escrever esse e-mail tivesse sido um momento pessoal para ele. Após ler esse e-mail, parecia que era um inferno assistir esse vídeo. E foi assim para todos que assistiram? Eu procurei depois por curiosidade. Eu achei um título “Gravação Original da Satan's Sphinx”. Eu cliquei, mas então deu o famoso erro “404 Não foi possível encontrar.”

O que eu pergunto para vocês é o seguinte: Vocês acreditam em algo assim? Qual a sua opinião?

Imagem meramente ilustrativa

domingo, 21 de dezembro de 2014

Creepypasta: Biscoitos

Crianças são adoráveis. Sejam elas gordas ou magricelas, pálidas ou negras.
Eu amo crianças! Eu era um simples vendedor de doces, numa loja na esquina, o padeiro era meu melhor amigo e tinha o respeito de muitos moradores da região, porém, o que me dava prazer era fazer meus famosos biscoitos de chocolate, tirá-los do forno e deixá-los na bancada, o aroma suculento chamava meus preciosos clientes que eu tanto ansiava ver, crianças. Eu amo o jeito que elas me imploram por meus biscoitos, de graça, daquele jeito puro de sorrir, o jeito emburrado de estufar as bochechas.
E assim eu as amava.
Mas as crianças daquela região pareciam retribuir de uma forma tão estranha. Pareciam até rir de mim, mesmo em plenos vinte e três anos e de amigável aparência, riam de mim, como se fosse um tremendo idiota! Eu não havia dado o que elas queriam? Meus preciosos biscoitos de chocolate? Havia algo de errado com essas crianças.
E queria dar um jeito. Por isso toda noite, deixava um copo de leite e um prato de biscoitos na minha linda varanda. Não pensem que eu queria atraia-las para pegá-las e molestá-las, apenas queria ver se elas ririam de um gesto tão generoso.
Até uma semana depois.
A primeira vista, me escondi, apenas vendo por trás da cortina da minha janela a movimentação lá fora, nada de anormal, mas tudo que vi era crianças brincando em frente a minha rua, era muito maçante ficar esperando. Fui a cozinha e resolvi comer algo, tinha uma lasanha do almoço, a pôs na panela, esquentei e por fim comi aquele alimento com prazer e satisfação.
Uns minutos depois, fiquei entretido jogando um caça-palavras no meu jornal matinal, até que lembrei dos biscoitos, corri em direção a janela, o copo de leite completamente vazio e o prato com meus biscoitos havia sumido, eu perdi uma ótima oportunidade, pensei naquele momento, ao decorrer daquela ideia, alguém havia batido na porta.
Fui até ela e abri, e tudo que vi foi uma pequena garota comendo um biscoito enquanto o resto estava no prato que segurava com a outra mão.
Era diferente que tudo vi, sua pele era num tom arroxeado e seu cabelo violeta, tinha belos olhos castanhos e um simples vestido branco, seu cabelo estava solto, sua aparência lembrava uma garota de doze e tudo que fazia era sorrir em minha direção.
- Olá senhor, seus biscoitos estavam tão deliciosos que tive uma enorme vontade de falar com você e agradecer pelo ótimo trabalho! – Em todo o momento, ela foi muito cordial, senti meio constrangido com tamanha gentileza.
- Está perdida, menina?
- Não, não, você é muito apressado das ideias, até porque eu vim pra sua casa porque eu quis.
- Não entendi.
- Simples, vim aqui por negócios! – Ela deu um passo pra frente, algo ousado de sua parte, a porta fechou num golpe imediato e inesperado – Apenas mordiscando essa maravilhosa guloseima, deu pra sentir seu coração, ele anda muito abatido. Você não quer a afeição de suas crianças?
- Como você sabe?
- Ha, esses humanos, tem uma cabeça tão fechada! Como não me apresentei – ela deixou o prato de biscoitos no chão e me lançou um olhar intimidante – Espero que sejamos amigos, meu nome é Mashmellow, sou a fada confeiteira, qual é o seu?
- Lion.
Ela estendeu a mão para mim, queria que apertasse.
- Olha, se pintar e comer meus biscoitos não irá te transformar em uma fada. – Respondi de uma forma sarcástica, como uma típica criança, ela estufou as bochechas, que rapidamente se avermelharam e estreitou os olhos com tamanha fúria – É melhor você ir pra casa, seus pais vão ficar preocupados.
- Tudo bem, cético como é.
Ao fim da frase, Mashmellow ergueu o braço ao alto e estalou o dedo e num passe de “mágica”, vi cair do teto, inúmeros biscoitos iguais aos que preparei, naquela hora, fiquei completamente surpreso, não poderia ser real, nada da física, matemática ou até química.
- Quer que eu te prove mais alguma coisa?
- Isso é tudo uma farsa, essa coisa de fadas não existe! – Gritei.
Novamente, outro estalar de dedos, agora minha boca estava aberta e havia dentro dela, um enorme biscoito, tive que mastigá-lo, engoli rapidamente aqueles grossos pedaços de chocolate, enquanto a via rir de tamanha arrogância, por fim, empinou o nariz e literalmente, começou a levitar por cima do chão, o jeito dela pairar era angelical diante dos meus olhos, deixei minha descrença de lado, maravilhado com a miraculosa visão.
- Faço tudo o quiser, me diga.
- Simples, eu farei o seguinte – ela levitou para meu lado, deitada e acariciando a barriga lisa de seu vestido – Te ajudarei na venda dos biscoitos e você será amado e respeitado por sua clientela infantil.
- Só isso? Não vai querer nada em troca?
- Sim, mas não quero estragar a surpresa!
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Quando o dia amanheceu, fui logo acordado, Mashmellow pulou em cima da cama, a sua queda fez eu ter uma horrível perda de ar, num pulo saltei da cama. E lá permaneceu aquela menina, sentada em minha frente com um lindo sorriso.
- Bom dia!
- Já acordada?! – Indaguei com um penoso bocejo, ela fez um biquinho.
- Eu sou uma fada, não preciso dormir – retorquiu, – Vamos ao negócio, você irá conhecer a mágica por trás da fada confeiteira! – Ela me puxou, tentando me tirar da cama, enquanto que eu, cansado e rabugento, decidi excercer força contrária, contudo, Mashmellow era bem mais forte do que eu. Praticamente fui arrastado da cama, a garota abriu o armário e despejou várias roupas minhas no chão, meias, blusas, camisetas, bermudas…
- Nossa, você não acha que isso é um pouco pequeno? – Ditou, puxando uma cueca minha pelas bordas.
- Você não deve tocar nisso! – Respondi – É algo que uma fedelha não pode tocar.
- Eu tenho idade para ser avó de uma geração inteira sua, além do mais, esse troço tem elastíco, como você aguenta isso apertando seu…
- Já chega, pode sair? Eu vou me trocar.
- Tudo bem, mas não se irrite!

Saímos da minha casa, Mashmellow fazia questão de segurar no meu braço, impedindo que me afastasse dela, claro que fiquei desconfortável, imagine as pessoas pensarem que sou um safado, arrastando uma menina de prováveis doze anos e de tonalidade roxa, tirando o fato de eu tivesse sido racista nessa ultima colocação, todos sempre me veriam com maus olhos e esperava nada de bom, não tinha nenhum parente na cidade e todos sabiam muito bem disso.
Passei pela rua, com os nervos atentos, havia vários cartazes de uma menina desaparecida, de um cachorro desaparecido e até um celular, Hellen, a dona de uma livraria local, me cumprimentou, porém não falou nada da menina, mesma coisa foi com o jornaleiro, ele disse que eu parecia meio cansado, e a mesma coisa de Hellen, não importava aonde fosse, ninguém falava sobre a Mashmellow. A menina ainda enlaçada perto de mim, apenas aproximou ainda mais de mim.
- Não se preocupe, eles não podem me ver, apenas você, já que tem um contrato comigo. A propósito, sinto uma aura bem reservada a respeito de mim. Você acredita e fadas?
- He… Acho que as únicas fadas que gostei foi de “Cinderela” e “A bela adormecida” mas me fizerem crer que era perda de tempo, não acredito que tenho minha própria fada madrinha…
- Sua… Eu não acredito, você me aceitou?! – Gritou eufórica e como uma simples criança, me deu um terno abraço forte, algumas pessoas até me perguntaram porque fiquei parado no meio da rua, fiquei um pouco constrangido pelo fato delas me olharem com certo despeito, mas resolvi ignorar, chamei a atenção de Mashmellow para que parasse, prosseguimos normalmente na rua até chegar na minha confeitaria.
Minhas chaves pulavam nas mãos, estava tão animado! Quando abri a loja, Mashmellow fez questão que eu fosse pra frente, fechou a porta e encarou-me.
- Bem, tudo que precisamos agora é de uma faca.
- O quê?
- Anda, pegue uma faca.
Corri para a cozinha da confeitaria, apenas havia uma pequena faca serrilhada, a levei em direção a fada, a mesma me esperava batendo o pé no chão freneticamente e com os braços cruzados.
- Na-ni-na-não! Essa faca não serve – balançou o indicador em sinal de reprovação – eu quero uma faca descente, que corte tudo, como… Um cutelo de açougueiro! Pode arranjar?
- Por que não você?
- Porque já vou fazer todo o serviço difícil, será que você não tem dó dessa fada?
Depois de implorar e quase chorar para o açougueiro da redondeza, peguei o tal objeto, ele era tão afiado que o simples toque na ponta, poderia facilmente me cortar, segurei aquele cabo, mesmo gorduroso com o sangue de animais, o levei até minha doce madrinha, admirada, não escondeu seu entusiasmo por tal objeto.
Tomou da minha mão.
- Bom garoto.
A violácea foi em direção a cozinha, a segui, ela pôs o seu braço direito por cima da mesa e ergueu o cutelo, fiquei um pouco inerte no momento, até perceber que a lâmina estava mirada para seu braço.
O cutelo caiu rasante, o som do foi algo muito surreal, ao atravessar a carne dela, ouvi seu osso quebrar como se triturasse um biscoito, não saiu nenhuma gota de sangue, todavia, seu braço foi amputado abaixo de seu ombro, a carne exposta tinha uma coloração rosada e não vermelha da qual fui acostumado a pensar.
- Uh, viu, sem a mão! – Ela deu uma breve risada, me senti muito desconfortado.
- Você ficou doida? Por que amputou seu próprio braço?
- Simples, quero que você me devore.
- O quê? – Gritei em pânico – Que tipo de monstro você acha que sou?!
Mashmellow deixou o cutelo largado na mesa, com sua mão esquerda, tirou um pequeno pedaço da carne de seu braço, foi na minha direção, mordiscou, deixando na ponta dos dentes e puxou minha blusa, me deixando em seu alcance, apertou minha bochecha com uma força incrível, meus lábios foram contraídos para frente, num biquinho, ela então impulsionou sua língua e fez com que aquela carne entrasse abruptamente na minha boca.
Soltou minhas bochechas e deu um passo pra trás.
Quis imediatamente cuspir aquilo, porém não era carne, era um doce, um sabor tão incrível que jamais sentira em toda minha vida, minha língua raivosamente envolvia aquilo, enquanto meus dentes mastigavam com intensidade, sentia algo no meu corpo. Não queria parar de comer aquilo.
- Gostou, Lion? – Mashmellow falou num tom malicioso – Minha carne é um delicioso doce vicioso, as pessoas não conseguem parar de comer e quando param, acham que suas vidas estarão realizadas, se quiser pode pegar mais!
- Mas não posso ficar tirando “isso” de você, vai ter uma hora que você vai desaparecer!
Riu.
- Não sou humana.
E daquele cotoco, um pedaço de raiz começou a surgir e a se ramificar, formando ossos, músculos e tecidos, parecia uma planaria se regenerando, por fim, o braço novo dela parecia idêntico ao outro que arrancou. Novamente, senti-me maravilhado pela fada confeiteira.
- Lion, quero que você coloque minha “carne” em seus biscoitos, as crianças vão amar todos eles e você pode ganhar a afeição que tanto quer.
- Posso me prejudicar com essa comida, tipo, efeito colateral?
- Não, é como comer uma balinha de hortelã.

Gentilmente cortei parte por parte daquele braço, preparei a massa dos biscoitos, após isso, desfiei a “carne” como o frango colocado em uma coxinha, e enfiei na massa dos biscoitos. Como num tipico dia de trabalho, coloquei o chocolate, tentando disfarçar o sabor ou tentando disfarçar restos de carne de uma suposta fada. Os levei ao forno e tudo que fiz foi esperar pacientemente. Peguei até uma cadeira e me sentei na frente do forno
- Vai demorar muito? – Colocou aquelas pequeninas mãos no meu ombro – Estou falando com você!
- Claro que vai, pensei que a fadinha aí, fosse paciente! – respondi.
Os biscoitos chegaram ao ponto após minha frase. Abri o forno com cuidado, com minhas densas luvas, depois de vê-los fumegantes, deixei em exposição com meus outros biscoitos, fui no balcão, ansioso pelo primeiro freguez.
Um menino gordo e melequento, sem problemas.
- Olá garotinho, vejo que você está com fome.
- Ah se estou, acabei juntando a mesada toda pra furar o regime que minha mãe me obrigou! – Ele falou colocando a mão na barriga – Eu quero dez biscoitos de morango.
Fiquei meio sem jeito.
- Olha, geralmente não sou do tipo que se mete na decisão, mas acabei de criar um novo biscoito! E como você é o primeiro a chegar, poderia ser o primeiro a experimentar!
O garoto me olhou cinicamente.
- Tudo bem, eu irei provar só um, se não gostar, não pago, ok?
- Sim – Estendi o meu novo biscoito, ele tomou da minha mão e comeu, seu rosto ficou completamente inexpressivo e depois completamente alegre e disposto, devorou aquele redondo biscoito com muito prazer e alegria.
- Tem mais? – Sua pergunta foi muito eufórica e sua boca havia muita saliva lá dentro. Respondi levemente com a cabeça e uma leva de biscoitos desse mesmo lote fora vendido.
A notícia se alastrou, e algumas crianças foram incentivadas a comer o biscoito, novamente elas eram contagiadas pela carne de Mashmellow, a única coisa que me perturbava era o simples fato dela se cortar na minha frente, arrancando pedaços de seu próprio corpo, como fossem pedaços de suas unhas.
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Eu estava nesse ramo em apenas duas semanas, e nessas duas semanas faturei mais do que ganhava em dois meses, eu ainda esperava o que a fada queria, cheguei tarde do trabalho, as crianças não paravam de me abraçar e falar de modo afável comigo.
A casa? Completamente arrumada. Despi minha blusa e fui ao meu quarto, ao chegar, noto a garota deitada na minha cama. Nua.
- Até enfim chegou, você não sabe o quanto estou te esperando!
- Que porra é essa? – Gritei nervoso – O que pensa que está fazendo? Você acha que é certo, uma garotinha ficar pelada na cama de um homem?
- É parte do nosso acordo – respondeu num tom um pouco vulgar – Só quero receber a minha parte do trato, eu quero sentir… você me tocando… sabe, depois de séculos sozinha, as vezes fico muito solitária e não há nada melhor que quebrar uma abstinência! Você não tem o direito de reclamar.
Falando a verdade, eu não conseguia aguentar a tentação por muito tempo, além de me sentir cada vez impressionado com ela, sua beleza e corpo infantil atiçavam meus desejos mais ardentes. Não, não posso fazer isso. “Sim, você pode, além do mais, ela tá implorando pra ser ‘comida’.” Minha tentação assoprava ao meu ouvido aquele comando.
- Tudo bem então, eu só não posso prometer que não vou te machucar.
- Sem problemas. Eu aguento. – Sorriu, só que aquela cara feliz escondia algo familiar a tristeza. Uma pena que não liguei.
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Aquela noite foi ótima, só fiquei com um pouco de receio do meu esperma estragar o doce sabor dela. Fui normalmente até a minha loja acompanhado da mesma, Mashmellow parecia muito sombria, como se algo lhe afligisse, fiquei observando as pessoas da rua olharem tristemente para aquele poste. Havia pessoas tristes assim como minha fada madrinha.
- Lion…
- Oi?
- Você por acaso, alguma fez, sentiu nojo em me “devorar”? – Ela apertou meu braço com força, como uma criança acuada. Beijei o topo da sua cabeça.
- Eu não senti nojo uma única vez.
- Você se lembra dela?
- De quem? – Indaguei surpreso, ao vê-la apontar para o poste. Onde havia os panfletos.
- Não.
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Então vamos, há ainda muitos biscoitos para serem feitos. – E tristemente seguiu na frente.
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Quando chegamos a loja, pedi que se despi-se, ela obedeceu, eu tinha várias remessas a serem feitas hoje, então como um jovem casado em uma lua de mel, a peguei nos braços e a levei, dando uma pequena dança, sua cabeça repousou no meu peito, enquanto sua mão esquerda apertava meu avental.
Deixei-a por cima da minha mesa, a fria mesa metálica. Sua pele estava um pouco rosada.
Comecei a cortar a perna esquerda dela na altura da coxa, ouvi o mesmo som de biscoito sendo quebrado e não me importei, continuei o serviço até ela ser arrancada completamente, o cutelo estava mais pesado que ultimamente, mais oleoso. Mirei a lâmina em sua mão direita e a decepei, só que mais demoradamente, a lâmina começou afundava com dificuldade então tive que usar minha força, um som novo veio, era um som mais alto, mais quebradiço e rouco.
- Lion…!
Ignorei aquela frase e preparei para pegar suas entranhas, eu as tinha usado em minha própria sobremesa de ontem, perfurei sua barriga e abri ela lentamente, suas vísceras caíram, só que tinha uma espécie de líquido marrom envolvendo elas. Comecei então a arrancar a carne por debaixo de suas costelas, estava mais avermelhado do que me lembro.
- Por favor, me devore logo.
- Do que vocês está falando?
- Você não lembra de mim, Lion? – Sua voz começou a falhar, enquanto observei seus olhos se afundarem em lágrimas.
- Deixe de cena Mashmellow! Você é minha fada madrinha. – Respondi seriamente.
Mas ela apenas fechou os olhos com súbita careta de dor.
- Me desculpe Lion, mas não há mais salvação pra sua alma.
E no fim, ela ficou em silêncio, o estranho era que seu corpo não estava regenerando rápidamente, o que me profundamente me deixou irritado, talvez fosse ela atrasando minha comida, havia várias crianças me esperando! Deixei-a para trás e a única coisa que vi foi um enorme buraco no peito crescer. Ela podia regenerar e não fazia isso por birra.
Fiquei novamente no balcão, uma mulher entrou, era Hellen, ela tinha provado meu biscoito novo, ela chegou profundamente irritada, batendo os pés com uma ira digna de um touro de tourada, atrás dela, havia dois homens, homens de preto e que estavam bastante sérios.
- Seu monstro! O que diabo é isso?! – Ela jogou no meu balcão um pequeno dedo mindinho, de uma criança, ele estava envolto por uma massa, uma massa de biscoito – Seu canibal!
- Senhora Hellen, não estou entendendo nada do que está falando!
Um dos homens se aproximou, era o único que usava chapéu.
- Senhor Lion, esse dedo que Hellen jogou por cima da mesa, pertence a Maxine Smith, ela havia desaparecido há mais de um mês, além disso,  pegamos outros biscoitos de alguns de seus clientes e que tinha pedaços do corpo dela.
- Desculpe que deixamos ela com o dedo – O outro homem, um de bigode falou – é queríamos pegá-lo no flagra.
Só podia ser um engano, peguei a mão do homem de chapéu e o levei para a cozinha, os outros dois nos seguiram, lá estaria Mashmellow, minha fada madrinha, que explicaria tudo, que apenas foi uma aleatóriedade da vida. Chegamos ao local, porém, Hellen deu um grito de horror e desmaiou, o homem bigodudo teve que segurá-la, para ela não cair no chão.
E lá eu vi, a terrível verdade.
O corpo estirado na minha mesa, apodrecido e sem partes, sem sua preciosa perna, as tripas jogadas para fora de um enorme corte na barriga e os olhos, abertos, desalmados. Sua pele era clara como a minha e seus cabelos castanhos, ela estava diferente. Igual a menina do panfleto.
E sua boca. Um sorriso? Ela estava imóvel, mas parecia calma. Em paz.

Quando você é preso. Passa bastante para pensar. Eu amava crianças e elas não me amavam. Tudo que demonstrei não significava nada para elas. Uma noite deixei um copo de leite e um prato cheio de biscoitos. Uma garota chamada Maxine foi e os comeu.
Eu a surpreendi. Ela disse que era uma fada, apenas para me enganar e eu a trouxe para dentro da minha casa, e lá a estuprei e esquartejei, como minha amada fada madrinha.
LOUCO, LOUCO, LOUCO. TUDO ISSO FOI APENAS MAIS UM DOS MEUS TERRÍVEIS CASOS DE LOUCURA.
E agora me lembro disso, quarenta e cinco dias depois, quando me colocaram no cadafalso e amarraram essa corda grossa no meu pescoço. E a única coisa que vejo em meio a multidão de testemunhas que me desejavam arder no fogo do inferno, foi Mashmellow comendo um biscoito.

Creepypasta: Você tem Medo da Luz?

Olá, Eu sou Michael Lorence, um arqueólogo em aprendizado, meus pais haviam me comprado uma vaga em uma universidade em Harvard, mas eu só ia pra lá quando fizesse 23 anos.
Bom, tinha comprado uma casa no norte do Brooklyn. Era um apartamento mais ou menos (ja que eu não era acostumado a luxo mesmo) lá me senti um homem completo, acomodei-me, tirei meu notebook, meu Xbox, e o resto das coisas. Uma semana depois, ganhei um carro 0 km dos meus pais. Então, fui dar uma festa.
Mas as coisas ficaram estranhas…
Na noite seguinte, meus amigos chegaram com as bebidas, já que eu já tinha as comidas, e também veio outras pessoas, eu não sabia quem eram eles, mas seria grosseria expulsar eles de lá.
1 hora depois, a festa se expandiu de verdade. Eu estava com dor de cabeça, e o único lugar para se ficar em paz era o porão (eu nem sabia que tinha esse tal de porão) então entrei nele, estava muito empoeirado, tinha cheiro de urina de rato, e tinha algumas velharias (umas ate bem interessantes) tinha um livro da Origem das Espécies, de Charles Darwin, uma guitarra autografada pelo Slash (nem sei de onde veio), mas tinha um coisa que me chamou atenção. Um VHS e uma televisão, no canto, com uma fita. Fui ver do que se tratava. A fita era toda preta, com uma fita e um nome grosseiramente escrito com marcador: light.avi. Coloquei a fita no VHS, e para minha surpresa nada de bom viria de lá.
O filme começa em uma sala fúnebre, onde 3 pessoas (2 homens e 1 mulher) se aproximavam de um caixão, e a estática começou. Quando a imagem voltou tinha um livro ali em cima. A mulher abriu o livro, e, instantaneamente, um barulho alto de serra elétrica rugiu nas caixas de áudio, junto com a estática, por 1 minuto. Quando a imagem voltou, a mulher estava despedaçada no chão, com uma moto serra encravada em sua cabeça, e um vulto apareceu. Ele tinha uma manta preta, entre tanto, seu rosto era branco, seus olhos não eram nada além de um vazio negro, e então ele voou para a tela, dizendo:
-Are you afraid of the light?
Essa palavra ecoou na minha cabeça, por horas, então sai do porão. A festa ainda continuava, fui para a sala, e lá estavam meus 5 melhores amigos: Patty, Robbin, Marshall, Jack e Ruth. Estavam com uma expressão vazia no rosto, e perguntei: “O que está havendo, galera?” entretanto, eles não responderam nada. A luz apagou, a tal voz apareceu de novo, mas dessa vez na sala.
Depois, ouvi gritos de agonia, dor e de ossos sendo amassados.
A luz acendeu, e quando vi, um rastro de sangue passava pela sala até a cozinha, e na sala toda estava escrito com sangue:
-Are of you afraid of the light?
Ruth não estava na sala, eu sou um investigador, precisava saber o que aconteceu, mas mesmo assim, a curiosidade me levou ate lá.
Ruth estava sem os braços e sem sua coluna, na verdade todos os seus ossos foram arrancados para fora, e lá estavam, no lixo.
E a luz se apagou de novo, dessa vez a mesma coisa de antigamente, os barulhos, e a mensagem, mas dessa vez a música que tocava era a musica de lavender town, e o pessoal desconhecido foram todos mortos, dessa vez no banheiro. Os seus corpos foram despedaçados e jogados na privada. E mais uma vez a luz apagou, e eu corri pra sala. Quando cheguei a luz se acendeu, e todos eles estavam queimados, todos estavam em uma espécie de máquina de matadouro. Estavam sendo picados um por um, e o monstro apareceu, tirou o capuz, e mostrou seu rosto branco, e os olhos negros, tinha as pupilas vermelhas, e abriu um sorriso e disse
Se você tem medo da luz
Você tem medo da verdade
Você tem medo da escuridão
Mas na verdade, você é o demônio aqui
Eu sou Deus, a verdade é imperdoável
Seu coração é meu agora, e sua alma também
Então, se você tem medo da luz,
Você tem medo de Deus.
Então eu fiquei com essas palavras na minha cabeça, já não aguento mais, acho que já deu pra mim…
Essas páginas foram achadas perto de um jovem que se suicidou com uma escopeta, em 12/08/2004.

CREEPASTA: entre as árvores

Eu gostaria que ele tivesse ficado em casa, longe deste mundo cruel que vivemos. As crianças não devem andar sozinho neste mundo, mas não podemos mantê-las em seu ninho para sempre. Meu filho deixou seu quarto uma noite, e eu sabia que havia uma criatura la fora. Você vê que há um monstro que vaga ao redor do globo predando crianças inocentes, observando, esperando. Lembro-me com carinho, era 15 de setembro de 1983. Esse foi o ano em que minha esposa e eu escapamos do mundo ocupado de Nova York para viver nossas vidas calmamente na Dakota do Norte. Nós vivemos felizes lá por vários anos, até que eu descobri meu verdadeiro amor, estudando o Seed Eater. Seed Eater é uma perturbada criatura ou homem-pássaro que anda em torno de florestas para seduzir crianças, para rapta-las e faze-las parte da lenda. Em 19 de junho 1987 eu o vi pela primeira vez sentado na minha árvore no meu jardim. Eu estava em transe quando eu o vi, meu destino acenou para mim, dizendo “segui-lo, amá-lo, aprendê-lo.”
Duas semanas depois eu acordei com um barulho estranho batendo na minha janela da frente, eu sabia que era ele. Eu corri para fora de casa para vê-lo sentado na árvore, só olhando nos meus olhos, eu estava prestes a chorar. Lembro que ele estava me pedindo a minha ajuda, e eu faria qualquer coisa por ele.
Em 3 de abril de 1988, o Seed Eater veio a minha janela de novo, eu estava mais feliz. Ele disse que era hora, e eu me lembro. O Seed Eater devora crianças para manter-se vivo, entregando-se a sua juventude para viver para sempre. Lembro-me do menino, qual era o seu nome? Bem, não importa. Lembro-me de ir a sua casa e simplesmente bater na porta as 4:29 horas da manhã, mas ninguém respondeu. Eu vi a janela, era o quarto do menino! Eu fui dizer ao Seed Eater, vamos apenas chamá-lo de S / E por agora. Ele me disse como obter a sua atenção no dia seguinte. Um par de semanas se passaram, e o fedor da carne estava ficando nojento. Onde está S / E? Os pais do menino colocaram cartazes na semana passada, eu me pergunto por que eles não se preocuparam durante as primeiras duas semanas? Bem, eu não estou preocupado. Em 14 de maio de 1988, o menino não era nada, mas uma fatia de carne podre inchada, e eu procurei o S / E , mas eu acho que meus serviços não eram mais necessários. 15 de maio de 88, ele veio. Ele levou o corpo, e pediu outro. 16 de maio de 88, seis filhos mortos, seis filhos devorados, seis a mais solicitados.
Seed Eater veio esta noite, ele disse que as crianças não estavam mais ajudando … ele queria algo maior … Se está lendo isso, você pode ser a única esperança de descobrir a verdade sobre essa coisa. No meu quarto há uma revista na página 49 sobre como tirar a vida desse monstro, mas ele tinha me falado que eu não poderia fazer isso, mas talvez você tenha mais força que eu. Adeus a todos, meu destino agora e ser devorado.

CREEPYPASTA: não cave muito fundo

Não sei quem está lendo este texto mas suplico que me ajude. Rezo para que este arquivo seja materializado como parte do jogo e que alguém o encontre. Eu era um jogador de Minecraft como você, quando comecei a jogar estava na versão 0.8. Havia muitos bugs para consertar mas era um jogo extraordinário. Ficava horas e horas jogando e só saia quando minha mãe chamava para o jantar.
Como de costume liguei meu computador no sábado de manhã e carreguei meu mundo. Havia feito uma casa extraordinária com blocos de tijolos e uma pequena chaminé no telhado feita de pedra,  o telhado era de madeira e no interior havia dois pisos com caixas e mesas de trabalho na parte de baixo e na parte de cima minha cama e algumas decorações de estantes de livros. Sempre me orgulhei das construções que fazia.

Precisava de metal e diamantes então entrei na caverna que havia escavado. Era muito fundo, havia chegado aos últimos blocos do mapa e estava escavando nesta altura. Tinha feito vários corredores um ao lado do outro com dois blocos separando cada um deles, assim não teria como perder de vista o metal. Havia tantas ramificações que não conseguia me achar muito bem lá dentro.
Tudo era muito escuro apenas algumas tochas iluminavam os corredores. Escolhi um dos corredores e comecei a cavar. Cavei durante alguns minutos e consegui algum ferro e depois de muito procurar finalmente achei um bloco de diamante. Não perdi tempo e fui rapidamente minerar. Estes blocos estavam logo abaixo dos meus pés e assim que quebrei um apareceu logo o próximo abaixo dele. Nunca cavo para baixo por causa da possível lava que pode surgir mas neste caso não havia nada ali alem dos blocos finais do mapa, são blocos negros inquebráveis, feitos para que nem um jogador o ultrapasse. Cavei mais uma vez para baixo e peguei diamante. Havia mais um bloco logo alem deste e cavei novamente, já tinha ao meu redor blocos escuros do final do mapa cavei mais uma vez e para minha surpresa havia mais diamantes. Com a ganância que qualquer jogador tem cavei mais uma vez e logo me dei conta que havia dois blocos negros para cada lado que olhasse, não havia como sair dali e ainda me sobrava mais um bloco de diamante logo abaixo dos meus pés. Não tinha escadas em meu inventário mas tinha blocos de areia. Pensei que poderia colocar areia sobre eu mesmo e assim morrer, assim viria novamente a este lugar depois e pegaria os itens com uma escada. Assim decidido cavei o ultimo bloco de diamante que havia abaixo dos meus pés. Cavei…

Para minha surpresa não havia mais blocos do final do mapa abaixo, não havia nada apenas um espaço escuro onde estava caindo. Fiquei com tanta raiva, pois havia perdido todos os meus itens neste bug.

Continuei caindo no vácuo esperando morrer. Comecei a olhar para os lados mas não via nada, continuava caindo e caindo quando olhei para baixo e vi algo estranho. Tinha um chão la em baixo e estava me aproximando cada vez mais. Pensei que seria um bug do jogo e que morreria assim que chegasse lá.
Demorou mais um tempo e não tinha chego ao chão ainda. Foi então que comecei a sentir um calafrio. Um vento frio batia em mim e não sabia de onde vinha, todas as janelas estavam fechadas. Comecei a passar mal, tontura e um embrulho no estomago me deixaram atordoado. Tentei me levantar da cadeira mas assim que coloquei o pé no chão e levantei ela rolou para o lado e senti a maior tontura que já havia sentido na minha vida. Olhei para a tela do monitor e vi que estava prestes a cair no que era provavelmente um bug do jogo. Desviei o olhar e fechei os olhos e esperei me espatifar no chão do meu quarto quando veio um frio na barriga e a sensação de queda livre.

Abri rapidamente o olho e estava tudo escuro, não enxergava nada e estava caindo, um vento terrivelmente forte não me deixava respirar meu coração batia muito forte e quando menos esperava houve o impacto.

Acabo de cair em um liquido preto e gosmento, tentei me levantar rapidamente e percebo que é raso, posso levantar, o liquido gelatinoso chega ate meus joelhos. Quando estou de pé sinto essa espécie de gel envolver meu corpo e ao mesmo tempo ficar rígido, fazendo com que ficasse cada vez mais apertado me impossibilitando de me mover.

Perdi a consciência, não lembro quanto tempo passei desacordado mas quando dei por mim estava de pé.  Quando abro os olhos vejo o terreno feito de blocos, estava dentro do jogo! Era noite e não conseguia ver muito bem, via tudo com tons de roxo. Percebi que estava mais alto e quando vi meus braços percebo que são compridos e escuros. Não sabia o que fazer então comecei a andar pelo cenário, vejo esqueletos com arcos e os zumbis, eles não me fazem nada. Andei muito pelo terreno e quando começou a amanhecer senti uma sensação horrível, um enjoo e uma queimação na minha pele, desejei sair dali e assim como um passe de mágica desapareci e cai no mesmo pântano escuro novamente, não via nada lá, só aquela água escura e espessa. Não sei quanto tempo se passa entre aparecer no cenário e voltar ao pântano mas acredito que seja equivalente ao dia dentro do jogo. Repeti essa rotina muitas e muitas vezes, descobri cavernas mergulhei em lagos profundos, atravessei desertos e de vez em quando entrava em vilas mas como era de se esperar não consegui me comunicar com os NPCs.
Todas as vezes que reaparecia no cenário ele era diferente, até que um dia encontrei um jogador. Olhei para ele e ele me encarou, minha vontade era de correr para perto dele e tentar me comunicar mas não consegui desviar o olhar. Ficamos nos encarando petrificados por um tempo e então subitamente me teleporto para seu lado. Sei que devo ter machucado ele pois deu um salto e um ruído de golpe. Tento correr para perto mas ele se esquiva e entra em uma casa improvisada. Tinha uma janela, fico ali parado olhando para ele, tentando pensar em uma forma de falar ou me expressar mas não consigo. Posso pegar um bloco com as mãos mas nada disso faz chamar sua atenção. Fico sem saber o que fazer ate que o jogador vai para sua cama e dorme, fico observando ele a noite toda mas provavelmente só acorda na manha seguinte.

Repito isso todas as noites, algumas vezes mato um jogador, assusto outro mas é só uma forma de avisar para não cavar muito fundo…

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

o suicidio de lula molusco

 https://www.youtube.com/watch?v=Dvdt1iTCa1c&feature=youtu.be
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